A transformação dos resíduos em adubo é realizada por várias populações de seres vivos (comunidades) e que se desenvolvem em sistemas aeróbicos (na compostagem) ou anaeróbicos (na biodigestão).

            As comunidades sofrem modificações e modificam o ambiente ao longo de todo o processo, por meio de uma série de eventos que podemos chamar de sucessão ecológica.

            Ao montar o sistema de compostagem, utilizamos o lixo úmido, materiais palhosos e, se necessário, material fecal. Por ser um processo de decomposição, depende da ação e interação de microrganismos e de animais na forma de ovos, larvas e adultos (fatores bióticos), que podem estar presentes nos resíduos ou são atraídos no decorrer do processo. Todos os seres vivos irão desenvolver-se na dependência de condições ambientais favoráveis, principalmente em relação ao pH, à temperatura, à umidade e ao oxigênio (fatores abióticos). Com o crescimento/desenvolvimento das diferentes populações, esse ambiente sofre modificações, havendo produção e liberação de substâncias que atraem outros tipos de organismos.

            A conexão ou relação entre os componentes bióticos e abióticos de um sistema, formando um todo, constitui um Ecossistema, em que há interconversões de matéria-energia e informação (genética). A interconversão de matéria e energia é estabelecida pela constituição de diversas cadeias alimentares interconectadas e inter-relacionadas que formam uma complexa teia alimentar. Por exemplo, na compostagem as cadeias alimentares iniciam com restos (detritos) ou organismos mortos, os quais servem de alimento para alguns animais ou microrganismos que, por sua vez, podem ser predados ou parasitados, por outros organismos.

            Podemos representar uma cadeia alimentar simplificada da compostagem, da seguinte forma:

 

Lixo úmido (detritos)       microrganismos decompositores

Larvas          besouros          aranhas/lacraias

 

Costuma-se utilizar setas para indicar a transferência de alimento de um nível trófico para outro. O sentido da seta é o sentido em que se dá essa transferência

        Quando se considera que a energia é continuamente interconvertida ao longo das cadeias alimentares, verifica-se que a parte disponível para a realização de trabalho biológico (metabolismo) diminui de um nível trófico para outro. Parte da energia do sistema é transformada em energia térmica, não utilizada pelos seres vivos, a qual é dissipada para o meio. A manutenção das cadeias alimentares depende da entrada contínua de energia (luminosa) no sistema, a qual é absorvida pelos produtores, transformada e armazenada em energia potencial nas substâncias (energia dos alimentos). Os alimentos – com alto poder energético – poderão ser utilizados pelos consumidores primários, que mantêm parte dessa energia potencial, que ficará disponível para os consumidores secundários e assim por diante. Uma vez que em cada nível trófico há “perda” de energia biologicamente útil (que pode ser utilizada no metabolismo dos seres vivos), os conjuntos de seres vivos de uma cadeia alimentar, de uma teia alimentar e da própria biosfera podem ser representados por uma pirâmide de energia.

 

Figura 5: Pirâmide de Energia

 

 

        Na pirâmide de energia de uma compostagem, o primeiro nível trófico, o lixo úmido (detritos), origina-se a partir de restos de diversos níveis tróficos, de outras cadeias alimentares. Estão presentes resíduos vegetais, animais e microrganismos. Isso significa que de certa forma a energia solar inicial é que garante o suprimento de energia (indiretamente) de todas as cadeias alimentares, conforme figura abaixo.

 

Figura 6: Pirâmide de Energia da Compostagem

            Na pirâmide de energia de uma compostagem, o primeiro nível trófico, o lixo úmido (detritos), origina-se a partir de restos de diversos níveis tróficos, de outras cadeias alimentares. Estão presentes resíduos vegetais, animais e microrganismos. Isso significa que de certa forma a energia solar inicial é que garante o suprimento de energia (indiretamente) de todas as cadeias alimentares, conforme figura abaixo.